17 February 2008

Into the Wild (2007)

O filme está muito bom, a música do queridíssimo Eddie Vedder junto com a realização do fofíssimo Sean Penn nem sei o que dizer :) no meio disto tudo é a história em si que é verdadeiramente tocante. A mim tocou-me especialmente porque a filosofia de vida defendida pelo personagem principal (tão jovem meu Deus) faz-me lembrar pessoas que conheço na vida real e que me são muito próximas.

Ele fez aquilo que todos nós um dia já pensámos fazer, nós pessoinhas normais que vivemos de bem com a sociedade(...) O filme permite-nos sonhar com essa liberdade que gostaríamos de ter experimentado, fiquei a viver esse sonho até ao quase fim do filme onde percebi que nem tudo pode acabar bem, que afinal essa liberdade não é tão mágica e maravilhosa... No fim fiquei sem saber o que pensar o que sentir, acho que estava a viver o momento do filme, depois do filme terminar descubro que é baseado numa história verídica... fiquei sem palavras, é muito brutal alguém ter realmente feito tudo aquilo, por fim, claro que fiquei triste não é :) afinal sou uma pessoinha normal que vive de bem para com a sociedade. Deixo aqui a imagem do fim do filme com o verdadeiro "Alexander Supertramp" (Christopher McCandless). Ah... e vejam o filme!!!
http://homohomosapien.blogspot.com/2007/12/alexander-supertramp.html

10 comments:

sof* said...

já vi a apresentação do filme e entrevistas aos shean e eddie, estou espectante e conto ir vê-lo!!!

Tug@ said...

este filme deve ser uma bela treta

só dakilo k eu conheço da estória... (nunca sei se é com e ou com hi...)

puto rico k decide deixar tudo para tras e ir vivier po alasca!

eu tb gostava de ser rico e ir tratar das ovelhas e das galinhas pa serra da estrela ou pa uma kinta kk no alentejo!

:P

al said...

pois é finalmente caguei pa ir ver o filme ao cinema e resignei-me com a versão divx.
gostei , gostei muito mas ao mesmo tempo a construção do personagem, por muito real que esteja, não me agarrou muito. é um puto estupido, inteligente demais para o seu proprio bem. e todas as ilusões sobre a vida transformam-no num personagem fofo mas previsivel...
enfim, eu gosto de MATCHOS!!!! ÓÓ´´OHHHH YEAH!!! só para acabar tenho que dizer a palavra BACAMARTE!!!!!!
ti.

daigoro said...

Este filme é entretenimento, puro e duro, mas mal construído, mal trabalhado, e por fim, mal veículado.
Foi o Sean Penn a realizar este filme? fantástico. ele nunca foi grande realizador mesmo, e, provavelmente a sua intenção nunca tal foi.
Algures no misto edição/realização perde-se a emoção forte que a estória, agora que, já ficou para a história, poderia mostrar, ou seja, fazer sentir. A sua estrutura não linear faz com que momentos importantes da sua vida passem despercebidos ao espectador, passando a haver uma incerteza relativamente ao momento exacto em que determinado evento se passou, podendo isso ter relevância na determinação desta sua viagem de "limpeza" espiritual". Vou tentar explicar-me melhor: ele,o SuperTramp" refere algures durante a sua viagem, se não me engano à personagem de Vince Vaughn, que quer retirar o relógio. Quando nas cenas no alasca nunca tem esse relógio, e nunca vemos o momento em que o retira. Quando ainda no Alasca, a sua irmã fala em dor e ressentimento ainda existentes, e que tudo o que ele tem que fazer tem de ser feito, e tudo o que tem a dizer tem de dito, ou seja, tanto ele como os pais ainda necessitavam de bastante mais tempo de separação. Quando a dada altura vemos que ele está pronto a partir, sem chegar a entender, ou melhor, a sentir essa paz interior que lhe permitiria a união perfeita com TUDO. Ouvimos a sua leitura de umas palavras de um livro, no qual refere uma ideia de felicidade de uma personagem do mesmo, na qual refere a ligação a outras pessoas, natureza, livros, ajudar as pessoas que não o esperam, amor pelos vizinhos. E lá vai ele, a música ganha ímpeto, jovialidade, o Eddie parece que está a cantar no seu dia de casamento... E estes 2 momentos estão indefinidos no tempo, mas no filme estão a uns 20 minutos um do outro.

Uma VIAGEM desta envergadura, tanto a um mundo animal, implacável, cru, mas belo, como a viagem à mais profunda psique de um ser humano exigiam, sem dúvida alguma, uma filmagem mais intimista, humana, menos maquinal e artificial. (Exemplo (no Alaska, pós-viagem): a filmagem quando ele chega ao topo de uma montanha enorme, gelada, e a camêra voa em sua volta constantemente, com uma edição assombrosa, e a voz de Vedder por trás num estilo Lisa Gerrard. E a sensação do vento na sua face, e a vista longínqua, cores e tons, tudo é belo.)

TUDO É BELO. Mas nada é mostrado,e nada é sentido, apenas a conquista humana, mas a lição dada por ele ao "velhote" é: Get Out, devias mudar radicalmente a tua vida. Afinal o centro do espírito do Humano vem das Novas Experiências. Ao que o velho replica: Quando perdoas Amas, e quando Amas, A Luz de Deus brilha sobre ti. (Deus, no seu sentido lato, que para muitos é Amor, para Nick Cave, Deus é comunhão, união entre os seres, o que vai dar ao mesmo: Amor amor AMOR, como preferirem. Mas estas questões já entram num foro filosófico que não tem pertinência elaborar aqui.)

daigoro

M said...

Este filme provocou-me sensacoes muito paradoxais.
Gostei e tocou-me bastante. Mas a verdade é que nao consegui sentir qualquer tipo de empatia pelo rapazinho. Durante as 2 horas e tal de filme, só conseguia pensar o quao estúpido, egoísta e arrogante ele era.
Nao há dúvida de que ele era corajoso. No entanto, a coragem levada ao extremo transformou-se em parvoíce e desleixo… E talvez por isso nao me tenha sentido tao sensibilizada quanto isso pela morte dele (ou pela perda que isso representou), já que nao foi mais do que a consequência lógica de um conjunto de accoes muito relaxadas e descuidadas.
Quanto à viagem espiritual dele… É preciso estar a morrer, emaciado, isolado, para perceber que a felicidade só é completa quando partilhada? Aí realmente tive alguma pena dele… Tao inteligente, mas tao "ingénuo"…

Sergio said...

M...o teu comentario leva a um corolário: se alguem estiver sozinho constantemente (fisicamente) nao pode ser feliz ????

p.e. um aborigena australiano, nas suas cominhadas infindaveis (normalmente vao sozinhos), nao pode ser feliz?

??????

al said...

essa do aborigene até é engraçada... já leste o sidharta??

a felicidade "normal" tem que ser partilhada, não que seja preciso dizer alguma coisa mas ter alguem a passar pela mesma coisa e rir estupidamente de ver um ponto de vista diferente e igualmente valido. como disse o outro trengo "tu completas-me"

o aborigene não está bem feliz, está mais em paz, a comungar com a terra e as ervinhas, está sintonizado com a terra e assim passa a precisar de quase nada. já está completo.

Sergio said...

sim. ja li o Sidharta e esse é um optimo exemplo. sim, a busca dele era mais paz interior, mas se fosse felicidade, nao vai contra o q se disse acima q "ninguem pode ser feliz isolado"?

eu ate reconheco q p a mior parte das pessoas isso esta mais q correcto. mas sinceramente nao acredito q seja p todos. Quem disse q nao se pode ser feliz isolado?
num exemplo extremo : uma certa pessoa esta completamente farta do mundo pq todas as pessoas q conheceu na sua vida e q lhe diziam algo, se revelaram uns completos trates e so trouxeram infelicidade/humilhacao e ruina.
o q é q esta pessoa vai fazer p encontrar paz e deps (quem sabe felicidade)? isolar-se d pessoas e consequentemente nao estar exposto a essa potencial ferida. Esta pessoa nao pode encontrar a felicidade sozinha?

al said...

sei lá ou o caralho.... mas fugir do mundo pq nos magoaram não me parece que va trazer felicidade. lá esta no maximo paz.

a felicidade, da maneira que eu entendo essa palavra, esta na partilha, ou pelo menos no sexo depois da discussão ;)

mas claro que se não gostas de sexo ... ou preferes sozinho...

sof* said...

ao fim de 3 anos de ter sido a primeira a comentar este post!! venho dizer que vi o filme!

já nao me lembrava do que aqui havia sido dito, o que veio dar mais emoção ao filme.

gostei, confesso que me emocionei com o drama final do pai. agora que sou mãe, penso várias vezes que TUDO o que eu faço tem impacto na vida da minha filha, tanto para o bem como para o mal. os problemas familiares são o drama maior na construção da nossa personalidade. acho eu. o rapaz teve problemas, os quais nunca foram discutidos e resolvidos pelo facto dos pais quererem ser algo que não eram. o rapaz tomou medidas drásticas e o sofrimento que causou foi devastador. foi egosísta, teve azar.

também reparei na cena do relógio ;)
e houve pelo menos uma altura em que fui induzida em erro pelo facto do filme andar constantemente para trás e para a frente...