30 September 2008

Wall Street

Nos dias de loucura que correm porque não um pouco de "ficção"?

"Akahige" - "Red Beard", de Akira Kurosawa [1965]


hmmmm. Paciência. Muita Paciência. Paciência e dedicação. Neste filme, Kurosawa apresenta, mais uma vez, a sua firmeza inegualável, a sua perfeita direcção, quer de actores quer de câmara. Kurosawa, reverenciado e adorado por todos no set de filmagens, é apenas referido como Sensei, o mestre. Mas não o mestre, senhor todo poderoso, omnisciente, mas sim o mestre em constante evolução e aprendizagem. Sensei filmava um único take. Um único ângulo (frame). A perfeição exigida aos actores, e demais equipa, nos ensaios, transparece nesse único take final, que nós público, absorvemos sem qualquer estranheza e com total reverência pela perfeição da imagem e da acção.

Um recém formado médico, Yasumoto, vai trabalhar para a clínica onde o Dr. Niide (Red Beard), interpretado por um sempre fabuloso Toshiro Mifune, é director e administrador, dirigindo-a com um pulso de ferro, mas onde é visto por todos com a mais alta das reverências. Yasumoto, arrogante, considera este posto de trabalho abaixo das suas qualificações, assim como tem outras razões para julgar a sua colocação na clínica como uma forma de o afastar (pelo pai dela) de uma rapariga com quem esteve noivo. As aspirações deste jovem médico inexperiente são as de se tornar um dia o médico principal do Shogun, o senhor feudal de todo o Japão.

Com 185 minutos (uiiii, que dói....) de duração, e sendo a Preto & Branco (medo....) , este filme não será para todos. Considero que há apenas um momento do filme, que aos olhares americanizados, e não apenas americanos, pudesse ser considerado como supérfluo, mas serve variados propósitos. Um idoso às portas da morte, decide contar a sua triste, mas inspiradora estória. Auto-sacrifício para um propósito maior. Uma estória paralela que ilustra o sentimento global de todo o filme.

Akahige apresenta também um retrato cruel mas inspirador com uma mordaz crítica social e política no fundo, algo que surpassa fronteiras e tempo.

Este filme é uma celebração da vida, assim como uma homenagem a todos os que, com uma postura altruísta, dedicam a sua vida a ajudar os outros. Tão belo quanto cruel. A ironia da vida tão simplesmente magnânime.

Fogo e Água, de facto.

daigoro

Forget Paris (1995)

Deve ser a semana ou o mês do Billy Crystal no canal hollywood...
Agora foi este Forget Paris desta vez escrito e dirigido pelo próprio Billy Crystal.
Custou-me a lembrar de onde conhecia a protagonista, mas fez-se luz e é a Debra Winger do Oficial e Cavalheiro :)
(os filmes têm 13 anos de diferença)



Fiquei a ver o filme porque no início aparece uma actriz que costumo ver numa série da Fox Life que adoro, Men in Trees, é a chief Celia (Cynthia Stevenson) :D

28 September 2008

"La Jetée" de Chris Marker [1962]




"La Jetée", traduzido livremente para português: O Cais, sendo também um possível jogo com o quase homófono, Ali Estava Eu (Là J'étais). Curta épica de Chris Marker que deu origem ao americano e renomado filme de Terry Gilliam, "Twelve Monkeys", [1999], cujos direitos Marker cedeu sem exigir nada em troca, e sem querer sequer interferir na obra segunda. Segundo Marker, se a a sua curta havia servido para inspirar algo mais, pois então que o levassem avante sem contemplações, e que explorassem as suas ideias até à (virtual) complecção.

As possíveis várias interpretações fónicas do título desta obra, são também indicativas das possibilidades interpretativas e generativas de pensamento desta e de todas as obras de Marker (pelo menos das que já tive o prazer de assistir).



Marker é obcecado pela memória e suas constantes sobreposições de fabricações interiores, re-interpretações normais e naturais, mesmo automáticas, para o ser humano, sem que com isso nos preocupemos em demasia. Marker adorou o conceito do filme "Vertigo" de Alfred Hitchcock [1958], conceito esse presente neste filme em que um homem é obcecado por uma imagem, neste caso, de infância, de uma mulher. Após a 3.ª Guerra Mundial, os humanos vivem no subterrâneo como forma de escapar às austeras condições ambientais no exterior, efectuando experiências de viagens no tempo na tentativa de recuperar/recolher formas de sobreviver no "presente".

Esta curta-metragem, de 27 minutos, com um ritmo assombroso, e imagens lindíssimas, é contado em forma de foto-novela, com um momento, um singular momento, que é tão belo quanto fugaz, tão etéreo quanto o presente (o conceito de presente, de agora). Esse momento é a verdadeira homenagem ao cinema. A verdadeira homenagem à imagem-em-movimento, quer se acredite quer não, efectuada num filme que se "movimenta" imagem a imagem.

Tenho vindo a admirar cada vez mais a complexidade da obra deste artista em todas as suas vertentes. Além de se dedicar a uma intimista visão do documentário-filosófico (Marker estudou com Jean Paul Sartre) numa perspectiva mais cinematográfica, é também desde os inícios do video um entusiasta.

Muito mais há para explorar sobre este autor, pelo que isso deixarei aos mais interessados, pela vídeo-arte, e por conceitos que se misturam como cinema, vídeo, futuro e presente. Como extra ver o meu post anterior, [Room 666, de Wim Wenders] .



daigoro

Paul Newman - 1925-2008


Morreu, dizem, o último icon do cinema de Hollywood.
Concordo. A primeira recordação que tenho de paul newman, foi quando há muuuuitos anos vi o filme "A Cor do Dinheiro". Na altura gostei tanto do Tom Cruise, como do sr. que o acompanhava.
Dos clássicos recordo o "Gata em Telhado de Zinco Quente" com a bela Elizabeth Taylor.
Há uns anitos vi um documentário sobre ele e descobri que ele era maior do que aquilo que aparecia nos ecrans. Criou uma companhia alimentar, cujos lucros financiam vários campos de férias de crianças desfavorecidas.
Vai deixar saudades, ficam os filmes e muito mais...

Step Brothers (2008)


Muito fraquinho...

27 September 2008

"Chambre 666" de Wim Wenders, [1982]



O que é cinema hoje em dia, e de que forma pode ser considerado/julgado. Quem dita as regras e para onde se dirige? A t.v. substituiu o cinema? Qual o lugar do cinema na era do vídeo (hoje em dia dvd)? O cinema está em extinção, ou estará em breve extinto?

Wenders escreveu numa folha de papel um conjunto de questões que envolvem a morte do cinema, a televisão como substituto, a evolução do público, o vídeo como novo meio confortável de disfrutar dos mesmos filmes, mas numa perspectiva bem menor, que depois "serviu" a cineastas variados durante o festival de Cannes. Sozinhos, sentados ou em pé, numa sala, discutem para si, e na "confidência" do público, o futuro do Cinema. Godard diz que a imagem do cinema, enorme, assusta, e que as pessoas hoje em dia preferem ver uma imagem muito pequena bastante próximo, do que uma imagem enorme de longe. A perspectiva do ponto de vista do espectador, e a forma como quer lidar com essa emoção veículada de forma incontrolável (para o espectador) no cinema, é de fuga fácil na televisão (ou em casa). Este parece ser um ponto importante, na minha opinião. Já se passaram mais de 25 anos desde a execução destes "monólogos" e a discussão, parece-me, continua a ser pertinente. A arte caminhará para onde puder, e interessar aos artistas. Enquanto houver interesse individual em filmar algo, haverá também algum indivíduo interessado em contemplar essas imagens, assim como entregar as suas emoções ao controle dessas imagens. Este filme não o é na verdadeira acessão da palavra, e passados 25 anos o maior interesse será em ver as previsões certas e/ou erradas dos vários cineastas, e para os mesmo interessados pensar sobre estas questões e outras paralelas ou divergentes.



Wim Wenders brilhante cineasta, lançou este repto a outros cineastas, que recentemente tive a sorte de encontrar neste ciberespaço de perdidos e achados. Na realidade nada nem ninguém estará perdido desde que nesse dado momento se considere como tal. A consciência desse momento, dessa situação, torna-a objectivamente real, mas não em relação ao presente, mas sim em relação a um passado. O futuro é indeterminado; mas no passado próximo, desde que a memória exista, ainda que alterada pelo próprio, é definido, mesmo que incompreendido. A questão sobre quem ou o que está perdido será de resposta pessoal, mas se se consegue formular uma resposta, não se estará então perdido.

Esta obra levanta muitas questões, que a mim pessoalmente também me preocupam, somadas a outras questões que a maioria das pessoas nem sequer pensa ou se importa. Uma constante interacção ou permuta existe entre passado e futuro, uma vez que o presente não existe. É apenas um conceito.

daigoro

"Cruel Story of Youth", de Nagisa Oshima [1960]


Nagisa Oshima famoso no ocidente pelo seu filme "In the Realm Of The Senses" [1976] ("Império dos Sentidos") filma com particular crueldade humana as opções e vivências de um jovem casal numa cidade japonesa, umas duas gerações pós 2.ª guerra mundial, altura de redefinição cultural para o povo japonês. A liberdade assumida pelas gerações que dela aparentemente gozam com total irreverência, é a mesma que os prende às responsabilidades que dela têm de advir sem que as gerações anteriores os tivessem avisado, ou ensinado. Até porque estas não sabiam, nem haviam lidado com tal possibilidade. A personagem do pai de Makoto que não sabe como repreender a sua filha mais nova, ao mesmo tempo que a mais velha se queixa de que ele não a deixou fazer o que ela pretendia quando esta era mais nova.

Kyoshi conhece Makoto, salvando-a de ser violada por um homem que lhe dava boleia para casa. Apesar de ela e da amiga terem outras opções para se dirigirem às suas respectivas casas, decidem pedir boleia, não sem sondar os homens a quem as pedem, por considerarem que é mais excitante. Kyoshi é duro para com Makoto, questionando algumas das suas opções e confrontando-a com a sua própria sexualidade, e a procura da mesma. A violência com que Kyoshi trata Makoto, como se de um aviso se tratasse, é um abanão à clamada irreverência e rebeldia juvenis, uma tentativa de trazer alguma perspectiva às irresponsáveis atitudes de Makoto. A impetuosidade típica dos jovens, da sua raiva (mal dirigida) e revolta aparentemente sem sentido leva-os a perpetrar actos sem considerar as consequências, tornando-se ambos criminosos extorquindo dinheiro de homens mais velhos que tentam levar "a sua vontade" com Makoto. Esta ambiguidade está latente nas atitudes dos jovens aqui representados, nas suas atitudes e considerações, assim como na filmagem de Oshima, ora concisa e controlada, ora tremida e facilmente distraída/atraída por/para pormenores sem aparente importância.




O uso da cor, e da iluminação dos quais Oshima faz uso são assaz brutais , ficando a opção do frame como o melhor (na minha opinião) toque do filme. Um verdadeiro "delicatessen" profuso em significados e ideias, ilustrativo de geração perdida (algo que sempre existiu e sempre existirá) mas que aqui se ultrapassa a si próprio e ao tema do sexo na juventude. Não há elogios suficientes para o trabalho de camara, que não é pomposo e gritante, mas subtil, genialmente subtil. Desde panorâmicas lentas e pausando em momentos chave, até ao uso de "camara na mão", algo pouco usual nesta altura coincidindo com o movimento de nouvelle vague que por esta altura explodia por várias partes do mundo cinematográfico.

daigoro

26 September 2008

500 Greatest Movies Of All Time

How many of the 500 Greatest Movies Of All Time have you seen?

ouvi hoje de manha na rádio... o ranking da revista Empire é baseado num simples survey, o que é sempre questionável, mas de qualquer forma é divertido ver em que lugar ficou que filme, quais deles já vimos, que surpresas encontramos e principalmente qual será o que está em Number One! na rádio, disseram o Top 3, do 3º ao 1º com banda sonora a condizer e fiquei com um sorrisinho na cara :) também disseram que filme estava em 5ooº :D



É óbvio que não posso escrever aqui todos os que me tocaram ao ver o top, mas aqui vão alguns:

fiquei contente qdo vi os filmes que estão em 23º e 29º pois são-me muito queridos :)
claro que amei o 10º (o 9º já se estava à espera)
e o que dizer do 43º... :)
31º está no "meu" top
47º só aqui..? humm talvez sim
66º nice ;)
Gui: 73º
88º :)
Em 99º surge o primeiro filme animado do top e é da pixar
141º é o primeiro filme animado que eu vi
196º ;)
197º oh administrador, o que é isto?
Há filmes que merecem um foto de página inteira como o 211º (my top too)
238º yeeeeeee
281º faz parte do "meu" top
311º só aqui :(
320º só aqui!!!!!
336º até me espanta que só esteja aqui
343º segundo da pixar
364º mais um do "meu" top
373º terceiro da pixar :D
400º mais um da pixar
porra finalmente em 405º oh administrador!
402º também está no "meu" top
413º lindo lindo lindo
435º :D
441º este filme é um incompreendido...
458º só aqui...?
460º nem sei como este filme ganhou óscar... foi uma óptima surpresa p mim (o óscar, não esta posição)
465º 466º estão no "meu" top
468º respect!
491º só aqui...?
492º brutal
500º lol

(pensei que não conseguisse ver todo o top, mas torna-se viciante!!!)


bem, lá terei de um dia fazer este "meu" top, quantos lugares será que vai ter ?

até podia começar por pegar nestes 500 e ordenar aqueles que já vi :)

inevitavelmente teria de acrescentar filmes que não estão neste top

21 September 2008

When Harry Met Sally (1989)

Eis que começa a dar um filme na TV... passa-se em 1977 (esse ano espetacular), em Chicago (essa cidade que passou a ser muito especial para mim desde que trabalho onde trablho), portanto é óbvio que fiquei para ver mais uns segundos... temos o Billy Crystal (Harry) a depedir-se de uma namorada e chega de carro a amiga desta, Meg Ryan (Sally). Eles não se conhecem mas já têm combinada a boleia para New York City. A conversa entre os dois no carro torna-se interessante, entretanto lá param para jantar e quando entram num café o meu cérebro fez PLIN!! "aahh!!! é a cena da meg ryan fingir um orgasmo!!!" pronto, por acaso não era naquela cena porque ainda era muito início de filme, essa cena é tão famosa que não poderia ser logo ali.

Ya! Nunca vi o filme, e a famosa cena só vi uma vez um bocado num programa qualquer de tv, aliás nunca soube sequer o título:
ou em tuga: "Um Amor Inevitável"
http://www.imdb.com/title/tt0098635/
Adorei o filme! É muito mais para além da famosa cena. Fiquei com uma sensação de leveza e muito bem disposta depois de ter visto o filme. Isso é sempre bom!

O look a Meg no iníco do filme estava do mais ABBA possível :)
O Bill também está muito bónitu
Nesta viagem de 18 horas trocam muitas opiniões, supostamente não se gramam muito e ele diz-lhe que um homem e uma mulher nunca poderão ser amigos porque o sexo está sempre no meio, mesmo que não aconteça, está sempre lá. Ela diz que tem pena porque ele é a única pessoa que ela conhece em N.Y.

Quando lá chegam despedem-se com um "have a good life!" e só se voltam a encontrar 5 anos depois (1982).
Em 1982 encontram-se no aeroporto e por acaso até vão viajar no mesmo voo
Ela está do mais in love, namora há 1 mês. Ele vai-se casar em breve. Claro que a conversa entre eles continua a ser interessante, aliás uma constante no filme. Depois da viagem ele até a convida para jantar como amigos, mas ela não aceita e lembra-lhe do que ele lhe tinha dito há 5 anos.
A história do filme vai sendo interrompida com cenas de testemunhos de casais velhotes a contarem a sua história de amor: como se conheceram, comecaram a namorar, casaram, há quantos anos, etc... e claro que são cenas muito amorosas :)

Outros 5 anos mais tarde (1987) lá se encontram mais uma vez, mas desta é de vez: resolvem mesmo ser amigos.
Estão ambos recém-separados de fresco, ela separada do gajo de há 5 anos que nunca chegaram a casar porque não queriam, ele divorciado e um pouco destroçado pois fora trocado por outro. Começam a sair juntos, a conversar bastante ao ponto de contarem a vida toda um ao outro e não se deslargarem do telefone. Tem muitas cenas de comédia na forma como é apresentada a relação entre os dois, a intimidade que vai surgindo. Estão completamente na boa um com o outro porque não existe a pressão do "engate" e ambos podem ser autênticos um com o outro. É libertador.

Aqui a falarem por telefone e a verem o filme Casablanca.
"I think this is the beginning of a beautiful friendship"






Temos então a conversa no café, onde ela diz que todas as mulheres já fingiram um orgasmo e ele tem a certeza que isso nunca aconteceu com ele :)

Double-date. O Harry acha que o seu melhor amigo é ideal para a Sally. A Sally acha que a sua melhor amiga é ideal para o Harry. Mas acabam trocados, os dois melhores amigos são ideias um para o outro! By the way, a melhor amiga da Sally é a princess Leia :) Carrie Fisher.

Curiosidade: eles estão numa loja e aquele aparelho preto entre os dois deve ser o karaoke mais antigo que eu já vi :D
e temos uma pikena performance do Billy Crystal
e por aqui me fico :P

Como li por aí... é aquele filme de comédia romântica onde os outros tentam chegar mas não conseguem :)

18 September 2008

wall-e


não sei onde nem quando ouvi a historiazinha do rapaz que teria, a titulo de experiencia, sido criado isolado do mundo pelo seu pai. assim viveu até à adolescencia, altura em que finalmente foi levado a ver o mundo exterior. permaneceu calado observando as arvores e os animais até que finalmente perguntou ao pai, O QUE É AQUILO??? era uma mulher...


aqui temos um robo como tantos outros iguais a ele deixados na terra para recolher e empilhar todo o lixo que a tornou inabitavel. passado centenas de anos, já não me lembro quantos, apenas ele resta. todos os outros ja deixaram de funcionar pelas mais diversas razões. ele, por seu lado, continua activo apesar de defeituoso. mas, como em tantas outras coisas, o seu maior defeito é a sua maior virtude. desenvolveu uma personalidade. e uma personalidade bastante curiosa. essa personalidade e essa curiosidade é que o matem vivo, a trabalhar e a procurar por coisas novas e interessantes num mundo cheio de tudo o que os humanos deixaram para traz. cheio de coisas mas extremamente solitario.

até que um dia vê um ponto vermelho no chão.

depois do ponto vermelho a sua personalidade muda. não que mude para outra coisa diferente mas muda por acrescimo. agora a melhor maneira de a descrever não será curiosa mas sim APAIXONADA.

e o AMOR é lindo!!!! é puro, nada pede e tudo dá sem sequer sentir que se está a dar o que quer que seja pois tudo é partilhado de coração aberto. e dois passam a ser um... conjunto... uma equipa. e a partir deste ponto nada mais interessa desde que se possa andar de mão dada.

ele é doce, desajeitado e inteligente mas acima de tudo um romantico incuravel. ela é boa cumó milho, graciosa e pragmatica, uma verdadeira guerreira. foi-me impossivel não me apaixonar desde o primeiro momento em que ele a vê. da mesma maneira que qualquer gaja, quando vir a candura com que ele lhe segura no guarda-chuva para ela não se molhar irá dizer qualquer coisa como, trengo!! e sentirá um calorzinho no coração.

uma comedia romantica que é grande comedia e mesmo muito romantica. do romantismo já falei e é o que me interessa mais... enfim. mas numa de acabar com isto tenho que dizer qualquer coisa sobre a comedia. é um tipo de comedia que não se ve muito hoje em dia. actualmente a maior parte dos comediantes recorre à piada falada. aqui temos uma comedia fisica com dialogos praticamente inexistentes. fez-me lembrar os dias do cinema mudo e da suas comedias tão simples e ... romanticas no fundo. não ia dizer isto porque de certeza que alguem vai gritar BLASFEMIA!!!! mas fez-me lembrar o "city lights", quem não sabe que filme é este-TRENGOS!!!!!!!!!!!!!!!

e para acabar--o Amor é lindo, bjinhos fofos

15 September 2008

The Tracey Fragments

Olá, eu sou o Leitão.

Já há algum tempo que acompanho este blog, sinto ser este o momento certo para dar o meu contributo.

A minha primeira sugestão é o The Tracey Fragments.

Com a grande Ellen Page, à semelhança do que nos vem habituando (hard candy e juno) mais uma vez com um desempenho notável.

O filme conta a historia de uma jovem de 15 anos; supostamente uma jovem normal...mas rapidamente percebemos que de normal...tem ela pouco. Inserida numa família disfuncional e alvo de Bullying na escola, o filme retrata os dramas, desventuras e dilemas da miúda.

A construção do filme acentua o drama da tracey, quer pela edição não linear quer pela construção do ecrã em blocos ( ou será desconstrução?) ou mesmo com o uso de planos de carácter documental.


O filme vai crescendo e atinge o clímax na...


Lamento, mas não vou ser um spoiler como o dear john


Vejam o filme que vale a pena!

The Arbor - 2007 - Steve Brett Parker.

O caramanchao ou The Arbor.

uma historia negra e sarcastica com apenas 2 personagens...
bem filmado durante o tempo todo digital e com cores muito carregadas e fortes...
em que a rapariga loira tem um problema na perna irreversivel e anda com uma armaçao desde o pe ate a anca e que mora num caramanchao alugado pelo dono da casa ( o gajo).tambem novo e que a pouco e pouco se enamora por aquela rapariga tao sensual sua inquilina..e no entanto..com esse problema..
sera que o amor aceita uma armaçao da coxa ate a ponta dos dedos?..sera que uma cara linda de cabelira loira compensa uma perna coxa com arames pra sempre?

gostei do tema, ao qual sou bastante sensivel e gostei da filmagem. muito original, abusava dos grandes planos das caras dos intervenientes e outras partes do corpo NO ENTANTO SEM ABUSAR! adorei cada plano distinto uns dos outros. todos os planos do mesmo objecto e tao diferentes.
seria mais um filme meio lamechas ou entao um filme fixe como o escafandro e a borboleta....mas, nao. nada disso.Trata-se muito diferente dos que tenho visto...

Aelm dos belos planos que nunca me fartarrei de rever da PERNA DELA, DOS OLHOS DELE e DA PERNA DELA NOS OLHOS DELE e do peito e das pernas dele nos olhos dela, Tambem o argmento surpreende. Ao contrario do que todos esperavamos ( o espectador e o proprio gajo) ela afinal nao esta disponivel para o amar..Porque simplesmente la pro fim do filme quando ele se deixa embevecer pela loira adoravel de perna de metal, ha uma cena do gajo em que tira a dentadura postica...LOGO DE RAJADA APARECE outro grande plano do copo da dentadura com o reflexo da cara dela e um redondo nao (tipo tens dentadura poastiça nao obrigado.)

Nunca gostei muit ode moralidades, quer dizer, ate gosto.

bom o que interessa dizer é que quando muita gente afasta a possibilidade de amor por uma mulher so porque tem uns arames na perna mas afinal in the end pode ser simplesmente rejeitado porque tem dentadura postiça.

So nao o classifico com 5 estrelas poruqe sou extremamente exigente.
4 estrelas.

07 September 2008

Mamma Mia! (2008)

Mais fogo de artifício que outra coisa... a publicidade feita a este filme foi qualquer coisa, mas depois criam-se muitas expectativas e como nunca fui mega-fã dos ABBA, é um bocado naquela.. e como já disse antes, ir ver um musical em que não conheço todas as músicas, enfim, há momentos em que apanhamos seca!
Mas eu gostei do filme de uma forma geral, não pensem que não! É uma grande festa, muito animada, com muita energia, bem disposta, com comédia qb, cheia de actores conhecidos, algumas boas e animadas músicas contagiantes, num cenário paradisíaco! Portanto é claro que é um filme que se vê muito bem, e percebe-se que os actores se divertiram imenso a fazê-lo, se não não teríamos as cenas cómicas do fim fim do filme.

Quanto à cantoria:
a primeira vez que o Pierce Brosnan canta, é o riso!, e a piada maior foi que muitas pessoas da sala do cinema se riram. O mesmo se repetiu sempre que ele cantou sozinho :D oh meu deus... não o ponham mais a fazer musicais, o Colin Firth (o meu eterno Mr.Darcy de Orgulho e Preconceito) até se safou, não cantou assim demasiado, passou despercebido e o Stellan Skarsgård acho que nem cantou, falou numa música :)
Já a Meryl Streep safou-se muito bem! Vi numa entrevista que ela já cantou em alguns 6 filmes e que cada vez que ela canta lhe dizem "não sabia que sabias cantar!". Os putos e principalmente a miúda claro que foram escolhidos a dedo por saberem cantar. Uma das amigas da Meryl Streep é a Christine Baranski que já tinha visto cantar um bocadinho em The Birdcage e já nem me lembrava que também entra no filme musical Chicago.
Há uma cena em que a Meryl Streep está a cantar sozinha, apenas com um actor a ouvi-la, junto ao mar. É uma música boa e claro que muito bem interpretada por ela, ai sim cheirou-me a nomeação para óscar de melhor actriz... mas vamos ver.
O que menos gostei foi a seca de lá vamos ouvir mais ABBA que não conheço e ainda por cima não há bue danças para animar a coisa. As música animadas, sim, estão altamente!

Get Smart (2008)

Era mesmo o que estava à espera... filmito nada de especial e completamente previsível.
Três coisas boas que o filme tem:
- a lembrança da série! a música, o abrir e fechar das portas em série, os telefones e as pequenas engenhócas usadas pelos agentes;
- a química entre os dois actores principais! Steve Carell e Anne Hathaway, cada um deles está muito bem escolhido para o papel, mas não teria piada se não houvesse a química que há entre eles (apesar dos 20 anos que os separam :D )
- o guarda-roupa da Agent 99! Ela está muito estilosa e muito bem vestida no filme.

Curiosidades: temos o avô de Little Miss Sunshine, Alan Arkin, a fazer de Chief, temos o Bill Murray de fartar de rir numa cena de alguns 20 segundos e temos o Masi Oka (o meu querido Hiro!!! da série Heroes) a fazer de cromito bue de fofo!!! :) , e mais outros tantos actores conhecidos.

01 September 2008

Manoel de Oliveira em GRANDE

A 65ª edição do Festiva de Veneza começou na passada quarta-feira (27 Agosto 2008) e foram os irmãos Coen que abriram o festival com o filme Burn After Reading (já lá iremos..), convidaram o Manoel de Oliveira para exibir uma curta antes do filme! A curta chama-se Do Visível ao Invisível, é de 2005 e realizado no Brasil, tem uma história engraçada sobre comunicação (dois amigos que se reencontram mas não conseguem conversar pq os telemóveis de ambos não os deixam em paz), de lembrar que Manoel de Oliveira faz 100 anos dia 11 de Dezembro [não sabia que ele era sagitário! :) ] e como tal terão um programa dedicado a ele durante o festival. Alguns links para os mais interessados:
- http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=1005410
- http://blogdovinicius.wordpress.com/2008/08/28/veneza-2008-novo-dos-coen-abre-festival/
- http://diario.iol.pt/noticias/manoel-de-oliveira-veneza-festival-de-cinema-irmaos-coen-festival-de-veneza/985184-2903.html
- http://g1.globo.com/Noticias/Cinema/0,,MUL736442-7086,00.html
Quanto ao novo filme dos Coen... promete!! É uma comédia de humor negro :D com os seguintes actores: George Clooney, Frances McDormand, Brad Pitt, John Malkovich (tantas saudades!) e Tilda Swinton.