27 August 2006

O barbeiro - The man who wasn´t there

Ja estava em falta com o blog...aqui vai a "critica"! :-)

“Me…..i don´t talk mutch. I’m just the barber!” LOL
Linda a maneira como este filme desenvolve. Parece que há sempre uma ligeira pausa, um pequeno momento, que nos diz que mais uma coisa esta para acontecer na historia. Algo de terrível por certo! ...vez após vez! :-)
A cena inicial em que o “big Dave” conta que está a ser chantageado ao próprio chantageador (Ed Crane) ficando logo ele a saber do adultério da mulher é simplesmente o mote ideal para o filme! …todo o filme se vai desenrolar mais ou menos semelhante, ou seja, sempre a haver cenas em que a informação é entregue de uma maneira muito diferente, linda, irónica e muito mórbida! :-D
Uma cena semelhante é a cena da prisão, onde o advogado está a falar pela primeira vez, com o Ed Crane e a mulher, e ele diz: “Fui eu que a matei” e depois descreve como o fez. E o advogado depois de ouvir o q ele disse diz:” como se isso fosse credível”. E depois mostraram a cara da mulher que tudo percebeu! Lindo!
São este tipo de momentos que fazem deste filme um filme memorável, visualmente “flawless”, com um ritmo muito sui-generis e uma historia macabra o quanto baste …. ou seja, a definição de um (verdadeiro) film noir !

Um realce: a fotografria! Aquela luz a entrar de ângulo e a definir as formas como é raro ver nos tempos que correm!

Uma questao: O personagem principal sempre a fumar: uma referencia aos tempos áureos do “noir” ou uma maneira de “entreter as mãos do personagem”?