23 April 2008

Um desafio....estao á altura??

Bem esta coisa do Top dos classicos abriu-me cá um apetite......
Nao desminto: adoro Top´s. Delicio-me com todo o processo de escolha e seleccao mental que termina com um simples Top. Mas pelo meio....aí! tantas recordacoes e imagens, q nunca queremos esquecer, veem-nos a cabeca! è como olharmos para um vasto catalogo fotografico de imagens, dentro da nossa cabeca, mas perto do coracao! (bem....agora esmerei-me, nao? :-D :-D)

Com o supracitado em mente, proponho “com toda a caganca e toda a pujanca” que facamos o Top dos filmes do ano q passou!
Sim....agora é o tempo certo! Ja nos demos o tempo suficiente para vermos as coisas relevantes (ou q achamos relevantes).
Vamos lá a pensar nos filmes q viram o ano passado, que sejam do ano passado (em caso de duvidas vamos ao IMDB) e que vos tocaram/emocionaram/gostaram/etc... profundamente!
Queremos inputs...uma lista de muitos, de poucos ou nenhuns, nao interessa! Queremos é q opinem!!! (eu sei q “as opinioes sao como as vaginas e cada um da-a qd quer”...mas prontos...vamos a ser um bocadinho obscenos! :-D :-D)

p.s. este desafio nao tem nada a ver com o facto de ter visto ontem o “There Will Be Blood” .....nao!!!!!! LOL :-D :-D (e mais nao digo!)

20 April 2008

Take Another (Long) Look At The Classics


Devido a uma certa extensão deste, inicialmente comment, decidi fazer um post.

Senti necessária uma certa clarificação relativamente a termos e expressões logo, aqui vai:

A idade do ouro (golden age) do cinema fica compreendida entre 1930's, talvez um pouco antes, quando surge o "Jazz Singer" (1927) (altura em que os filmes "falados" começam a aparecer) e irá até aos finais dos anos 40. Altura em que os musicais proliferavam e havia um glamour inerente ao cinema produzido em hollywood. Na década de 1940 surge o Film Noir, já inspirado nas óbvias referências do cinema expressionista alemão, (subjectividade da camara, iluminação cuidada, e contrastante) sendo alguns dos realizadores (Fritz Lang, Billy Wilder, F. W. Murnau, Otto Preminger) que o iniciaram, precisamente alemães, austríacos, e europeus em geral, em fuga do regime nazi. O americano Orson Welles com o seu "Citizen Kane", 1941, piscava já o olho a este estilo, tendo mesmo "encerrado" estes períodos com uma das suas obras, o "Touch of Evil", 1958, assim como o final do cinema "dito" clássico. Todas estas classificações terão sempre o inconsiderativo poder de serem peremptórias, no entanto é essa a visão e a posição da História, no analítico relance sobre o passado.

Isto para dizer que a definição de clássico para a maioria das pessoas é demasiado ambíguo, podendo haver filmes que não serão clássicos, mas que ainda recaem num passado já não tão recente e, logo, difíceis de serem apreciados, ou melhor, tolerados por muitas pessoas. Esta tolerância a cinema anterior à geração televisão/internet, é cada vez menor, como o caso da reflexão do Al sobre o "Citizen Kane". Filme brilhante, mesmo para os dias de hoje, de algo difícil visionamento, devido à sua linha narrativa não linear, aos seus planos subjectivos, à densidade da estória traduzida também na sua duração. Este é no entanto um filme bastante importante, e será até dos mais fáceis de encontrar. E é também este um dos problemas no que diz respeito aos filmes clássicos. Muitos dos bons são realmente difíceis de encontrar. Eu sei, tenho dedicado os últimos anos a procurar, um de cada vez e, aos poucos, a saciar a minha sede.

-Eisenstein é essencial na minha opinião, principalmente na sua fase de cinema mudo, com "Greve", 1925, e "O Couraçado Potemkin". Eisenstein efectuou imensas experiênciais sobre a montagem/edição cinematográficas, tendo escrito diversos ensaios sobre estas técnicas, de forma a enaltecer a estrutura narrativa e emotiva das suas estórias, com absoluto cariz histórico. A edição efectuada hoje em dia no cinema partiu deste senhor, da escola de cinema russa, juntamente com Dziga Vertov "The Man With The Movie Camera", 1929.

-"Pandora's Box", de Georg Wilhelm Pabst - cinema mudo, eximiamente bem filmado, e genialmente interpretado por Louise Brooks, já o Sérgio o havia referenciado.

-O "Rear Window", (Janela Indiscreta) , 1954, de Alfred Hitchcock, com a belíssima Grace Kelly, e um dos melhores planos sequência logo no início do filme, de que há memória. O "Notorious", 1946, juntamente com o "Suspicion" de 1941, são na minha opinião os melhores dele.

-"M" - "Matou", 1931, de Fritz Lang (realizador alemão que foge do regime nazi para os EUA, um dos principais realizadores do expressionismo alemão, realiza várias obras mudas, antes deste filme falado). Há muitas outras obras dele que são verdadeiramente interessantes, mas isso deixarei que seja a curiosidade a incitar-vos. "The Cabinet of Dr. Caligari", 1920, de Robert Wiene e seus espectaculares cenários, valendo a pena o sue visionamento, foi um filme que Fritz Lang estava inicialmente para realizar, tendo optado por filmar o "The Spiders", 1920.

- "La Mauvaise Graine", (Semente do Mal),1934, "Sunset Blvd.", (O Crepúsculo dos Deuses), 1950, de Billy Wilder (realizador genial, que hoje em dia é apenas associado com Marylin Monroe, e a sua mítica cena da saia a levantar-se em "The Seven Year Itch", 1955.

-"Germania Anno Zero", 1948, e "Roma, Città Aperta", 1945, de Roberto Rossellini, que inicia junto com Federico Fellini, "La Strada", 1954, e com Vittorio de Sica, "Ladri di biciclette", 1948, o neo-realismo italiano. Forma de subversão ao sufocante regime fascista e à sua implacável máquina de propaganda, devolvendo o olhar da arte ao cidadão comum e aos seus problemas.

- "Morangos Silvestres", 1957 , de Ingmar Bergman. Este realizador é incontornável, e tudo o que eu pudesse dizer sobre ele seria francamente pouco. Aconselho também, "O Sétimo Selo",1957, já referido por Al. Não é no entanto um realizador fácil devido ao seu cariz contemplativo, certamente herdado em parte pela sua paixão pelo teatro.

Haveriam outros, muitos outros importantes realizadores, como John Ford, com "As Vinhas da Ira", 1940, Elia Kazan com "Há Lodo no Cais", 1954; "A Leste do Paraíso", 1955; e "Um Eléctrico Chamado Desejo", 1951, com Marlon Brando. Este realizador é de facto muito bom, na minha opinião, tendo ainda outros filmes de relevo. Carl Theodore Dreyer, Friederich Wilhelm Murnau (referido pelo Sérgio), Frank capra com "It's a Wonderful Life", 1946; enfim, a lista seria enorme de obras de referência, e caracterizadoras destas eras.
Aproveito para lançar também o repto sobre as décadas seguintes e seus mais importantes filmes a visionar, ou seja pós 1958, ou pós 1950 (segundo o desafio do sérgio).

Esta lista está por ordem de relevância para os menos habitués destas andanças. Ou seja tentem começar pelo topo da lista e caminhar por aí abaixo (ou melhor, por aí acima).
Quanto à aversão ao preto e branco já será de cariz psicológico, mas todos nós vimos filmes recentes filmados a preto e branco e sem qualquer problema. Deixem esses complexos para trás e deliciem-se.

Finalmente remeto-vos de volta para os posts do Sérgio, e o comment ao mesmo do Ulisses, cujas óptimas observações serviram de pilares a este meu post.

daigoro

P.S.: O "The Birds" , 1963, do Alfred Hitchcock é a cores. ; )

18 April 2008

I'm not there



Esqueçam tudo o que sabem sobre Bob Dylan! Esqueçam todas as ideias, todos os preconceitos e histórias que possam saber! Os documentários e noticias, não têm lugar aqui!


Eu tenho de confessar que levei todos esses pedaços e ainda mais algumas ideias pré-concebidas que foram desenvolvidas por toda a polémica que houve sobre Todd Haynes ter escolhido a Cate Blanchett para fazer um papel no filme. Como consequência, à medida que o filme vai avançando, tive sempre de contrariar essas ideias, para não me sentir perdido ou confuso, em relação ao que ia acontecendo.


Para mim, aprendermos que o personagem central desta história é Bob Dylan, demasiado cedo, pode ser enganador, e não pela "falácia" de que vive o filme, porque esta é explicada de inicio, mas por toda esta bagagem extra que levamos para o filme.


No entanto, devo dizer que gostei do filme, das interpretações, mas não gostei de me sentir confuso e perdido! Mas também não sei a quem atribuir responsabilidades por essa confusão...
talvez a mim próprio!
Não consigo deixar de pensar no momento em que vi o "Velvet Goldmine", toda a minha "iliteracia" musical, fez-me adorar o filme e talvez um pouco mais, quando aprendi sobre o Brian Slade e a sua inspiração em David Bowie, e Curt Wild baseado em vários artistas da altura, como Iggy Pop e Lou Reed...
"Velvet Goldmine", pareceu-me um segredo bem guardado, e desta vez tal não aconteceu...e não consigo deixar de levantar a questão: Não teria sido melhor, esconder isso, neste também? Apesar de ele não esconder, ele volta a não fazer um filme biográfico, mas um filme que se baseia nessa biografia, fazendo um arranjo tal, que não só me surpreendeu, o que é optimo, como me fez sentir dúvidas e sentir-me perdido, com as poucas coisas que sei sobre Bob Dylan.
Por isso, volto ao inicio : "Esqueçam tudo o que sabem sobre Bob Dylan"!

15 April 2008

Scaphandre et le papillon, Le (2007)


É mais um livro transformado em filme, mas é sem dúvida um dos filmes que aconselho a verem. Apesar da sua temática ser um pouco pesada, o filme "acontece" com relativa facilidade. Tem ainda a característica de nos fazer pensar, e colocar-nos na posição do personagem, quer pela temática, quer pela técnica que o realizador utiliza várias vezes de câmara subjectiva.
Um filme simples, que nos deixa na boca um sabor de e se...!
E se fosse eu?
E se for eu? Um dia? Sem saber? Sem anuncio...
No entanto, não quero dizer demasiado, espero que vejam o filme.

Star Wars Revelations

Inspirado pela mega-produção de George Lucas, o norte-americano Shane Felux, produziu e realizou mais um episódio para a saga "Guerra das Estrelas".
O download do filme é gratuito. Mais de um milhão de pessoas já o viram.

Para fazer o download basta ir a
http://panicstruckpro.com/revelations/

14 April 2008

Easy entry into the classics...the list!


















1- Obrigatoriamente “Citizen Kane” (http://www.imdb.com/title/tt0033467/)
Quer se queira quer nao, um dos filmes mais bem escritos de sempre. Magnanime como a vida e um reflexo do proprio ego do seu criador. O filme mais frequentemente apontado como o melhor do seculo.
2- Chaplin é obrigatorio. Mas aqui recomendo um diptico p ver a profundidade e latitude da obra de Chaplin.
“City lights” (http://www.imdb.com/title/tt0021749/) seguido logo por "Limelight” (http://www.imdb.com/title/tt0044837/)
Vao ver q o implicacoes do segundo filme sobre o primeiro vao ter um impacto profundissimo sobre a vossa percepcao de Chaplin como actor, realizador e ... pessoa deste mundo.
3- “Casablanca” (http://www.imdb.com/title/tt0034583/)
O enredo deste filme é qs perfeito. Claustrofobico q.b. dando o tempo certo a cada um dos personagens p se desenvolver. Repleto de “one liners” memoraveis : “Play it again, Sam!” ou “This is the beginning of a beautiful friendship”
4- “Sunrise” (http://www.imdb.com/title/tt0018455/)
Este filme estava muito á frente do seu tempo! Efeitos especiais, planos de camara inovadores, subjectividade de planos, transposicoes de cenas simplesmente incriveis (mesmo agora). È mudo e isso tira a pica a algumas pessoas.....
5- Um do Hitchcock é obrigatorio.....qual é mais dificil! Talvez “Rear Window” (http://www.imdb.com/title/tt0047396/)
Mistura qs inultrapassavel de suspense, intriga e voyarismo. Um classico no genero, dificilmente igualavel na historia do cinema.

....e há quem goste do “E tudo o vento levou” ... ate nao é mau como épico, mas esta mts furos abaixo dos exemplos mencionados acima! :-P :-P

Existiriam muitos, muitos outros para mencionar, alguns q eu ate gosto mais, mas q nao sao o proposito desta pequena lista, ou seja, titulos classicos acessiveis para entrar nesse maravilhoso campo, onde a historia e as estorias se fundem para nos trazer, o q se chama vulgarmente de “the golden age of cinema”.

E voces? Que classicos recomendariam p alguem que, por exemplo, nunca tenha visto um filme a preto e branco (digamos, +/- 1° metade do seculo anterior)....mas cuidado, nao estou a perguntar qual o classico q voces gostaram mais....isso é outra lista!!!!

A este post gostava MESMO de ouvir alguns dos vossos feedbacks! Vamos lá contribuir! :-D
Construtivamente!

13 April 2008

Vertigo Store



A loja Vertigo é uma das minhas preferidas quando vou ao CCB (Centro Comercial Bombarda) no Porto. Para além de muitos artigos presenteáveis nos aniversários tem também objectos de coleccionismo de boa qualidade. Gosto particularmente das fotografias a preto&branco das estrelas da era dourada de hollywood e pequenos cartazes de andy warhol.

quem vier ao porto nao deve deixar de espreitar esta loja, e assim de repente espreitar também o resto das lojas existentes neste novo espaço.

11 April 2008

"Network", de Sidney Lumet [1976]


Talk about bad T.V..
"Network" é um filme de 1976, de Sidney Lumet, que eu apenas havia "visto" em "Serpico", 1973, ou em "12 Angry Men", 1957 , ambos óptimos exemplos da necessária maestria apontada a um realizador, e Network não foge à linha de um realizador interventivo, à frente do seu tempo, colocando questões que nós (alguns) apenas nos colocamos agora. E mais do que as colocar, julga-as no mesmo MEIO que usa para as expor, a T.V.. Sim, a t.v., mas em maiúsculas. Aquela que nos deteriora a mente. A manipulação da mente através da programação, baseada em estudos de mercado e em campanhas de marketing. Como diria o "Bulworth" ( de Warren Beaty, 1998), "Cut to commercial, cut to commercial".

Sidney Lumet expõe de uma forma displicente, e sem categorizar, contemplar, ou julgar, a ética de mostrar os vários aspectos da nossa cultura actual, e principalmente no preço que asseguradamente todos nós têm pendente sobre a sua cabeça, como passível de ser vendável, ou potencial comprador de determinado produto.

A premissa do filme não poderia deixar de ser apelativa. Um apresentador de telejornal é despedido, entrando numa espécie de transe expondo a sua raiva, profetizando revelações concernentes a todos. O canal de televisão resolve explorar esta precognição de tão invulgar profeta.
Um elenco de luxo, com Peter Finch à cabeça, vencedor de vários prémios incluindo o Oscar para melhor actor. Elenco de luxo tendo arrebatado os Oscares dos actores neste ano quase todos, incluindo o de melhor argumento original. Faye Dunaway, está uma princesa do gelo, bela e distante, Robert Duvall, aguerrido e com a ganância verde nos olhos, bem viva.

A realização de Sidney Lumet é consciente e extremamente consistente, mostrando de forma voyeurística aquilo que já é observado, quer pelo espectador, como incógnita sempre presente do mundo da televisão, quer pelos responsáveis pelo canal de televisão que resolvem colocar Howard Beale no ar, juntamente com as suas "lunáticas" e proféticas visões enraivecidas. A camara de Lumet deambula entre este mundo, conscientemente assumindo a existência desse invísivel (o público), mas colocando-se de forma fatídica à margem de qualquer envolvimento.

Este não é um filme sobre a televisão, mas sim sobre o abusador poder desta, e a sua esmagadora capacidade de vulgarizar, talvez mesmo destruir, tudo aquilo em que toca.

"All we say is,
«Please. At least leave us alone in our living rooms.
Let me have my toaster, my TV, my steel-belted radials.
I won't say anything. Just leave us alone.»
I'm not gonna leave you alone.
I WANT YOU TO GET MAD."

Howard Beale, in "Network"

daigoro

10 April 2008

henry&june


revi o "henry&june" aos bocados. intermitentemente num misto de saborear e de dificil de engolir.
lebrava-me de muito pouco, mas à medida que o filme ia passando ia-me relembrando e lembrando do que senti à tantos anos atras quando o vi pela primeira vez. as partes que mais me tinham marcado e as que nem por isso e por isso mesmo agora me tomaram de surpresa. ai ai a maria de medeiros... perto dela a uma thurman parece tão vulgar.
uma coisa que não me lembrava era do ar teatral que se respira durante o filme, como se conseguisse cheirar a madeira velha de um teatro qualquer. outra coisa que não me lembrava era da inocencia, se calhar candura é melhor, que nos embala e rodeia lentamente como um nevoeiro que não se ve chegar. por isso mesmo as partes mais tensas, violentas, são verdadeiramente angustiantes pelo contraste com tudo o resto.
deu-me vontade de escrever...
um dos promenores que não me lembrava e me surprendeu é que ela só publicou certas coisas depois do marido morrer. respeito é muito bonito e eu gosto, ja dizia a minha mãe. um toque de classe extra.
para acabar apetece-me ir ao inicio. o titulo. aqui esta outro toque de classe extra. algo que parece obvio, mas que nas maos errradas podia muito bem ter sido "anais" ou assim qualquer coisa. digo isto porque o filme é realmente sobre ela e no fundo ela é a unica real pessoa do filme com os outros sempre em segundo plano. a evolução, o crescer é todo dela enquanto os outros são mais pedras de diferentes tamanhos e feitios. e apesar de alguns serem deslocados pelo vento acabam o filme sendo a mesma pedra do inicio com uma face diferente virada para cima. ja a maria de medeiros faz-me mais lembrar as sementes de um dente de leão que com esse mesmo vento se liberta da planta e vai percorrer novos caminhos.
bem já tou a ficar meloso...aquele vestido de renda...já me tinha esquecido porque é que lhe achava tanta piada. maria de medeiros

galarim.blogspot.com

As curtas da BMW

Quem se lembra de serem anunciadas umas curtas, com uma producao milionaria, patrocinadas pela BMW, que incluiriam um punhado "creme-de-la-creme" de actores e realizadores? pois é...decorria o ano de 2000 ... e até 2002 estavam todas cá fora!
Tive a sorte e o prazer de as encontar todas em Podcastfeed e, meus amigos, vale mesmo a pena andarem um bocado á procura disto na net (talvez youtube)
... obviamente sao curtas e por isso a mensagem tem q ser entregue mt rapidamente...
... obviamente umas sao melhores q outras...
... obviamente que "nao há pai" p a curta do Inarritu... (consegue fazer em 8 min o q alguns filmes simplesmente sonham fazer em 2 horas!)

p os interessados, os nomes e links p o imdb:

08 April 2008

Uma acidental lavagem de cara

Olá cinéfilos,
por motivos de ordem técnica fui forcada a fazer uma lavagem ao layout aqui do nosso blog, nada de relevante.
O que de facto foi relevante foi que perdi os links que anteriormente tinhamos aqui no blog :-(
Por isso, pedia-vos que se tivessem links interessantes que podessem constar aqui das nossas listinhas que me mandassem para que eu os possa adicionar.
Fico à espera das vossas sujestoes.

07 April 2008

She's Got Bette Davis Eyes



em jeito de homenagem a uma das divas do cinema, deixo aqui um best off da bette davis.
nasceu em 5 de abril de 1908 e morreu no dia 6 de outubro de 1989.

enjoy

01 April 2008

"The Tenant" , by Roman Polanski [1976]


The Tenant - Le Locataire [1976]
Se o minimalismo da tensão cinematográfica foi criado e executado usando apenas duas notas na composição de John Williams, para Spielberg, em "Jaws", tenho que estabelecer o paralelo com este filme de Roman Polanski. Filmado na altura em que o jovem realizador já se encontrava a viver em Paris, depois do assassinato de sua esposa pela família Manson, Polanski toca um verdadeiro concerto com tão poucas notas e menos ainda instrumentos. Desconcertante para dizer o mínimo, a personagem interpretada pelo próprio Polanski, vê-se constantemente forçada a tomar decisões que não quer tomar. É um ser indeciso, sem grande capacidade, ou força interior, pelo menos aparente, até que se torna compulsivo no comportamento, e mais uma vez, não por vontade própria, sente-se compelido a agir. Como se o destino estivesse já mais do que traçado, e de forma alguma ele lhe conseguiria escapar, por mais que se esforçasse. Quem já viu o filme poderá compreender um pouco melhor esta minha apreciação. Quem não viu, não sei do que está à espera. O filme deambula entre a comédia-negra, e o thriller/suspense, dificilmente decepcionando qualquer espectador.

A personagem de Polanski procura um apartamento em Paris, encontrando um aparentemente perfeito, mas que ainda não se encontra vago. A locatária anterior tentou cometer suicídio, encontrando-se ainda no hospital em estado grave.

O filme pisca o olho a Hitchcock, com uma construção metódica, envolvendo o telespectador num cada vez maior turbilhão de demência, deixando-nos em suspense quase desde os primeiros minutos. Uma constante expectativa que seria como algo que, sem que reparemos, penetrou a nossa pele e move-se por debaixo desta, inatíngivel, intocável. Por mais que tentemos coçar.

O filme tem um bela cinematografia, quer nos exteriores, (Ah, Paris...) assim como no edifício que conduz ao apartamento tornando-se um lugar claustrofóbico, acentuando o isolamento da personagem, para o qual a janela para o exterior e até mesmo os espelhos no seu interior apenas ajudam a enclausurar ainda mais esta personagem. Se uma falha existe, poderá ser considerada a de o início ser algo lento, algo que é absolutamente necessário para a determinação da psicologia da personagem, e da vida aborrecida que este leva, (ao ponto do seu emprego ter alguma parecença com o de Kafka) assim como o seu envolvimento em toda a estória enquanto entra num mundo novo.
A não perder. O terror já não é o que era.

"Cut off my head.
Do I say, me and my head, or me and my body?
What right does my head have to call itself ME? "

Trelkovsky, in "The Tenant"

daigoro