11 July 2009

Bruno

Fomos ver o Bruno.
Foi a minha primeira vez que vi um filme do Sacha Baron Cohen inteiro.
Provavlemente terá sido a última, embora o filme tenha sido curto e eu estava demasiado cansada para me interessar por outra coisa que puxasse pelos neurónios que não tenho disponíveis :D

Não sei se vos recomendo ficar em casa ou ver o filme algures. Eu pensei que era mais sobre a moda, mas afinal é sobre a incrível obsessão que muitas pessoas têm em ficar famosas e nas diferentes estratégias que adoptam para conseguí-lo.
Mais uma vez os americanos são trucidados pela crítica de Sacha, eles poem-se a jeito obviamente. Devo dizer que fiquei impressionada com algumas partes, principalmente com a concordância/pactuação que muitas pessoas têm perante a "venda" dos filhos em troca de spots publicitários e o horror que lhes provoca duas pessoas do mesmo sexo gostarem uma da outra.
Creio que o filme é mesmo sobre isso, homossexualidade (mas daquela que grita em plenos pulmões "EU SOU UMA DRAGQUEEN") versos a exploração infantil, a violência parva do wrestling, a paranóia da igreja entre outras questões.
Todos estes assuntos são abordados na estética e linguagem absurda que pode/deve ter diversas interpretações e levar a muitos mal-entendidos.


ps. - gosto particularmente do cartaz, parece a capa de um livro. todo o lettering do filme é em Helvetica! :D
ps2 - a banda sonora é demais, só tecno do início ao fim, bem ao jeito austríaco kitsch :D

2 comments:

Tica said...

vi ontem ;-)
já curtia o programa da sasha...com os seus vários personagens... vi o borat em casa e ri-me histérica, porque ao saber que ele faz aquelas cenas na realidade, é outra coisa.
o bruno é outra personagem mt bem feita... das personagens dele é a que curto mais.
e depois os americanos prestam-se mesmo a ser gozados e é incrível a volta que o bruno lhes dá!
cenas brutais:
as consultoras de RP para a caridade (nem sabiam explicar o aquecimento global e o que era darfur, isto é que é um negócio)
os pais que usam os bebes na publicidade (se nos outros deu para rir, neste fiquei em choque)
o wrestling, os americanos a revelarem-se umas bestas/animais irracionais, até os gorilas em África são mais racionais
A cena da igreja é linda, deu para ir ao histerismo

e por último, preparem-se para cenas de muita homossexualidade demasiado explicitas (mt info), mas que representa bem a personagem, pois tb goza muito com os gays, que vão a qq lugar e têm de gritar que são gays, PORRA!

tb achei que o actor podia ter ido desta para melhor, aquelas cenas na palestina (mt perigoso), no fim por pc n levou com uma cadeira nos cornos....

e agora contei o filme todo...mas isto é um blog de cinema, ta?

Sergio said...

Eu tenho q comecar por dizer q detesto “performances- confrontacao”. Irritam-me pq nao tem proposito real, ou seja, uma qq pessoa é posta numa situacao irrisoria, iverossimel e maior parte das vezes estupida. Obviamente q a reaccao dela vai ser condicionada por tal pressuposto nao se podendo tirar nehuma ilacao dessa reaccao!

Dito isto, gosto de situacoes bem pensadas, engracadas e q nao precissam q confrontar directamente os espectadores.
Um bom exemplo disso é a cena do Wrestling neste filme. A cena resulta tao bem (na minha opiniao) pq nao só construiu mt bem o pressuposto machista c q o publico se identificou como depois nao é a confrontacao c um membro aleatorio d publico q move a accao. É um actor q entra especificamente p isso. E a demonstracao d valores é feita pelo publico mas d uma maneira passiva! Mt bom!

Tb notei q este filme está mt mais bem feito em termos d historia. Ou seja, as cenas nao caem aleatoriamente no ecra, mas sao introduzidas por um fio condutor q é o proprio “Brüno” a fazer d narrador e a contar os seus proprios/futuros passos.

P.s. a cena genero “Jerry Springer”, com ele e o seu bébe está d chorar a rir! A evolucao d reaccao daquelas pessoas esta mt engracada. Lá está, numa luta de “peixeiras” ganha quem é mais leva a “peixeirisse” p um outro nivel.....:-D
p.s.2 nota-se q ele foi “travado” d fazer o q queria nos sitios mais finos d mundo d moda e por isso o filme teve q ir numa direccao mais “comum dos mortais”. Eu preferi, de longe!
p.s.3 LOL á musica final d beneficiencia!